Mente ocupada é oficina do Gustavo
Nesta sexta (14.01) e sábado (15.01), quem brotou no Circo Voador foi o Black Alien.
Antes de mais nada; abrindo os trabalhos em grande estilo e presença absurda, sobe ao palco o artista Jonathan Ferr — Linda apresentação. A pegada do trabalho dialoga com o Jazz e o RAP, trazendo contexto de periferia.
Forte!

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
E agora, senhoras e senhores, com vocês: Black Alien.
A galera estava ansiosa pela entrada do mestre. Vocês acham o que?
O cara é bom, viu?!

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Esse é Gustavo de Almeida Ribeiro, nascido em São Gonçalo, RJ. Sua trajetória notória
no universo do RAP vem traçando anos de resistência e luta.
no universo do RAP vem traçando anos de resistência e luta.
Ex-integrante do Planet-Hemp, lançou seu primeiro álbum intitulado "Babylon By Gus Volume 1 - O ano do Macaco” em 2004. Já em 2015 lançou “No Princípio era o Verbo”, que levou o artista a produzir “Abaixo de Zero: Hello Hell” quatro anos depois.

Foto: Raphael Brunet

Foto: Raphael Brunet

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
As temáticas propostas nas canções do Black Alien incluídas no estilo RAP, fazem do próprio RAP uma narrativa. Além de conversar demais com a realidade de jovens em contexto de periferia ao colocar um ponto de exclamação em temas, como: racismo, discriminação, preconceito, desigualdade social. A narrativa vai tecendo junto com o público um movimento de cultura local — é inegável a relevância do trabalho de artistas que dialogam com questões tão sérias pelas quais passam a sociedade. E Black Alien faz isso com maestria, bota a galera pra falar a mesma língua.

Foto: Raphael Brunet

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Rimas marcantes, como: “A zona de conforto é o lugar aonde os sonhos morrem. Zona de conflito é onde esses covardes correm” da música “Jamais Serão”, ou “[...] Eu fiquei muito bolado. O moleque tava ali bem do meu lado a uns dois metros de distância. Não resistiu, morreu na ambulância. Então o carro em fuga na madruga. E ele tá com uma etiqueta no dedão do pé. Deitado dentro da gaveta [...]” da música “Babylon By Gus”, atravessam os corpos de quem recebe e nos fazem questionar sobre o que a gente anda fazendo e o que a gente pode começar a fazer agora?!
Onde mora a nossa humanidade?!
O Rapper estava feliz no palco e recebeu com admiração e respeito os fãs e amigos que estavam presentes.
Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Não duvide, o cara falou “Pois as certezas, elas moram na gaiola. No fundo do poço, encontrei uma mola e voltei pra escola. E entre os livros e a bola, os moleques e os cheques. Por favor, em cash. Meu sangue em cada centavo. Mente vazia, oficina do diabo. E a mente ocupada é oficina do Gustavo”.
Isto não é uma rima.
(aplausos)
Por: Carolina Lopes
Nota: Mediante a situação alarmante que estamos vivenciando novamente com a COVID-19, a equipe do Circo Voador se antecipou e solicitou a testagem em toda a equipe de produção do evento. A entrada do público só foi possível conforme comprovação de vacina anti-COVID-19 e uso de máscara, mais uma vez, com sinalização em diversos locais da casa.

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna
Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

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Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

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Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

Foto: Raphael Brunet

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Foto: Cristiano Juruna

Foto: Cristiano Juruna

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