Giovani Cidreira apresenta ‘Nebulosa Baby’ pela primeira vez no Rio
A última vez que Giovani Cidreira havia feito show no Rio de Janeiro foi em janeiro de 2020, quando veio apresentar as músicas de sua ‘MIXTAPE’ na Áudio Rebel.
De volta à cidade, GIO apresentou ‘Nebulosa Baby’, segundo disco solo, pela primeira vez ao público carioca. O show aconteceu no Galpão Ladeira das Artes, espaço no Cosme Velho que desde 2017 promove apresentações de artistas independentes.

Foto: Renan Prado
Lançado em 2021, Nebulosa Baby fala sobre ancestralidade, tratando da memória e das origens, e exaltando personagens e lugares importantes para a trajetória do artista através de uma abordagem afrofuturista. A união de várias mentes criativas resultou em uma obra sensível e potente, dividida em disco, álbum visual e websérie, com gravações e entrevistas com os familiares e amigos de infância do bairro de Valéria, em Salvador.
Considerado um dos melhores lançamentos do ano, o disco tem produção e direção musical assinada por Benke Ferraz (Boogarins) e colaborações de artistas como Alice Caymmi, Jadsa, Luiza Lian, Josyara, Jup do Bairro, Ava Rocha, Dinho (Boogarins), Maglore, Obinrin Trio e Luê.

Foto: Renan Prado
Residindo em São Paulo, e apesar de possuir 15 anos de carreira, GIO ainda é equivocadamente considerado um artista ‘revelação’ nos palcos e premiações do Sudeste. Neste show no Galpão, o artista se apresentou com violão e sintetizadores, trazendo um repertório diverso e aproveitando para se conectar com o público presente.
Começando pelas músicas novas, GIO abriu com ‘Sangue Negro’, seguindo com ‘Entrelaçados’ e ‘Claridades’. A relação de GIO com o Rio já vem de longa data. O disco ‘Estreite’ (2020), parceria com a conterrânea Josyara, foi gravado na cidade. E foi também durante uma viagem ao Rio que a dupla escreveu ‘Saudade de Casa’, uma das mais bonitas do álbum. O público, que esperava há tanto tempo por um show do artista, acompanhou com animação, fazendo coro.

Foto: Renan Prado

Foto: Renan Prado
As músicas do primeiro disco, ‘Japanese Food’, também não podiam ficar de fora. Atendendo a pedidos, GIO cantou ‘Última Vida Submarina’ e ‘Vai Chover’, encerrando com ‘Um Capoeira’. Mais uma vez, GIO mostra o domínio que tem de sua expressão artística, deixando a vontade de assistir a este repertório em um palco maior, na companhia de uma banda e mais instrumentos ao vivo.
Por: Suzany Alves

Foto: Renan Prado

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